quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Azeite de Oliva: tão antigo, saboroso e medicinal!


Ainda duvido um pouco quando alguém me diz que não gosta de azeite de olivas. Até minhas cachorras gostam! Isto é uma dádiva, pois tenho dado a elas uma colher de sobremesa, quase que diariamente pra manter os brônquios bem, ajudar o sistema imunológico.
Uma delas foi acometida de bronquite, há algum tempo. Depois do socorro veterinário, ela passou a tomar um xarope especial pra ela. Preparei com extratos de guaco, anis estrelado e gotas de copaíba. Fiz um óleo para massagem com óleo essencial de eucalipto globulos, de menta piperita e lanvanda em óleo de maracujá pra facilitar a absorção, afinal não se trata só de pele, tem pelo também. Alguns dias toma quatro gotas de propolis (a 30%) com mel. Ah! mel em leite (só um pouco) todos os dias. E daí? O que tem a ver com azeite de olivas? É que ele faz parte da dieta dela. Da minha também.

Olea europaea l. a magnífica árvore Oliveira, além do auxílio ao sistema imunológico, é anti-hipertensiva, antiespasmódica, auxilia no metabolismo do colesterol, tem ação anti-fungica. As pessoas muito suscetíveis a fungos deveriam também incluir em sua dieta o azeite de olivas, mas é bom lembrar que semepre recomendo óleos vegetais sprensados a frio. Neste caso use o extra-virgem.
Outros benefícios: é rico em fosfolipídeos, portanto, faz bem ao sistema nervoso. Contém vitaminas do complexo B e minerais como magnésio, zinco ,selenio e fósforo.
Já seria bom se, simplesmente, tivesse vindo da boca do povo de antigamente. Agora já temos pesquisas como as de Manuel Brenes, de Sevilla, Epanha, comprovando seu poderoso efeito bactericida, inclusive no tratamento de H.pylori. Robert Lyons, de Budapeste, Hungria também confirma o efeito anti viral do óleo de oliva. Há muitos outros maravilhosos resultados sobre o uso do azeite de oilivas.
As folhas também são ricas, mas fervidas, em chá, nem sempre conserva todas as propriedades.
Se você optar pelas folhas, escolha bem, verificando se não estão velhas. Devem ser bem lavadas e usadas em infusão ou tintura. Coloque-as partidas em um recepiente (nunca de metal) e coloque água bem quente. Aguarde pelo menos vinte minutos pra tomar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dores diversas e a Herbologia em casa



Para criar um pronto socorro herbológico em casa, é bom saber diferenciar uma dor de articulação de uma outra provinda de esforço muscular, bem como outra consequente de um herpes. Escolher as plantas para desidratar, preparar tinturas, cremes, linimentos ou dispor destes produtos caso os necessite. Inclua em sua lista repelentes de insetos, bálsamos que aliviam as próprias picadas dos insetos, ervas que ajudam a estancar o sangue dos ferimentos, etc.
A dor é um efeito. Se você faz movimentos que cansam ou forçam a musculatura, não adianta querer tratar com erva ou óleo próprio para as articulações.
Como discorri sobre os benefícios da Sucupira, informando que ela tem propriedades analgésicas, alguns podem pensar que qualquer dor pode ser aliviada com a planta. Se a dor é proveniente de problemas nas articulações, sim, tome Sucupira, passe um linimento ou creme feito dela, mas se for muscular, passe um creme de andiroba, ou o óleo puro. O alívio, neste caso se dá imediatamente. Experiência própria.
Caso a dor provenha de um tropeção, uma batida forte, use extrato ou creme de barbatimão. Inclusive se houver ferimento na pele, para estancar o sangue e para não ficar escuro.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mel de Sucupira


O mel puro é excelente para extrair e conservar as propriedades da Sucupira. Também é muito controverso pois muitos são produzidos em regiões onde as plantações recebem agrotóxicos. Daí que nem sempre o mel é bom só porque é mel.
Se você não conhece algum criador de abelhas, nem tem referência sobre a procedência do mel, pode optar por mel de florada de eucalipto, pois são, em geral, livres de agrotoxicos.

Uma extração em mel fica com sabor menos intenso e pode ser oferecida para animais que estejam precisando de um tratamento de Sucupira.

Lave e enxugue bem 100 gramas de semente de sucupira, ou, aproximadamente 30 sementes.
Deixe em local ventilado e certifique-se de que estejam bem secas. Corte-as para liberar o bálsamo e coloque em um pequeno vidro bem limpo, que tenha sido fervido e esteja completamente seco.
Cubra em seguida com mel e acrescente mais dois centimentros (dois dedos) de mel. Tampe muito bem, com certeza de que não tenha ficado nenhuma entrada de ar.

O mel sempre ficará abaixo das sementes, por isso você agitará o frasco todos os dia, quando possível mais de uma vez ao dia para que o bálsamos seja liberado. Não é necessário que permaneça em local escuro, mas deve ficar ao abrigo do calor e da incidência de luz forte.

Mantenha este procedimento por quatro semanas ou seis, se puder. Coe e dguarde em frasco limpíssimo, escuro, bem tampado, ao abrigo de luz e calor. Dura muitos meses.
Jamais coloque uma colher molhada dentro do recipiente.
Pronto! Pode ser tomado em doses pequenas (colheres de chá ou café). Se quiser junte leite, iogurte, frutas.
Esta é uma receita simples para você manter as articulações "lubrificadas". Lembre-se: Sucupira tem atividades antiinflamatórias, analgésicas, depurativas do sangue e é um ótimo tônico! A pesquisa da Unicamp comprova a capacidade de inibir dor, inflamação e câncer (com especificidade o de próstata).
Boa saúde!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sucupira Branca


As receitas de preparo descritas em outubro têm finalidade de uso caseiro e utilizam quantidades mínimas de sementes de sucupira, pois nunca se sabe o quanto as pessoas vão querer ingerir.
É preciso lembrar que, apesar de não se conhecer contra indicações no uso da Sucupira, deve se iniciar o uso com quantidade pequena.
Senti necessidade de voltar ao assunto para destacar alguns detalhes para quem quer comprar sementes. Ambas (preta e branca) têm uso medicinal, mas a branca, que é de cor clara, ao contrário da preta (avermelhada), é a indicada para quem deseja se livrar dos efeitos de artrite, artrose, etc.
Além disso tudo também tem efeito analgésico, purificador do sangue e tônico.
Verifique se as sementes são frescas pela aparência limpa e claridade. Olhe bem se há desgastes (que perdem o bálsamo) ou furos.
Para uso externo, você pode preparar um óleo moendo 100 gramas de sementes, colocando em vidro transparente, e preenchendo com óleo de oliva extra virgem. Acrescente óleo até um ou dopis centímetros acima das sementes. Tampe muito bem para não entrar ar. Deixe em local claro e agite todos os dias. Faça isso por pelo menos 30 dias. Depois coe e guarde em vidro âmbar, bem fechado. Coloque etiqueta do nome e data de vencimento: um ano. Caso perceba que está rançoso, desfaça-se do produto.
Para que serve?
Massagear as áreas doloridas, como joelhos, pernas, costas. É ótimo! Experimente.

sábado, 16 de outubro de 2010

Sucupira maravilha


Desde criança o nome me é familiar. Meu pai usava ervas, cascas, raízes de inúmeras plantas pra fazer garrafadas e algumas vezes, chá. Ele comprava ervas desidratadas na farmácia Cathedral, mas também adquiria algumas tinturas. Após o jantar, muitas vezes ele lia sobre plantas e comentava conosco seus benefícios. Assim ouvia falar num nome que parecia estranho porque me lembrava cobra: sucupira.

Hoje sei o quão maravilhosa é a planta. Além de bela árvore florida, suas sementes têm sido muito comentadas porque a referência a tratamentos eficazes apareceu na mídia, indicada por figuras famosas. Então a semente tão conhecida dos raizeiros e barata tornou-se, rapidamente, bem cara.

É indicada para tratamento de artrites, artroses, dores na coluna, nos joelhos, bursite, tendinite, dermatoses. Além de ser vermífuga é poderosa nas ações anti-inflamatórias e faz uma ótima limpeza no sangue! Passeando pela internet podemos encontrar centenas de relatos de pessoas que tiveram alívio e cura como uso da sucupira.

Agora não se trata mais de raizeiros nem de gente famosa contando casos. Existem pesquisas sérias em Universidades que comprovam os benefícios. As pesssoas discutem se podem tomar sucupira à vontade ou se existem contra indicações. Então as receitas repetem que se deve tomar 1 litro e meio por dia de chá, feito com seis sementes, ou um cálice da garrafada quer seja em biotônico (sem álcool) ou em vinho, vodka, álcool de cereais, etc.

Quando iniciamos um tratamento que deve se estender para mais de uma semana, é preciso lembrar que cada organismo (cada pessoa) tem suas particularidades. Aliás, mesmo uma dose em dois ou três dias criará uma alteração no metabolismo do usuário. Por isso, é bom saber que não é uma grande quantidade que resolverá a questão, principalmente sem observação das reações.
Por tudo que pesquisei, sucupira, a priori, não tem contra-indicação. Mas é preciso saber usar, como qualquer alimento, que não tem contra-indicação, mas cujo uso em exagero ( que depende de cada pessoa) pode causar algum dano.

Se você quer se tratar com sucupira, mesmo que seja só uma limpeza geral, observe:
Comece com dose pequena e ritmo. Cumpra o ciclo de horários, por exemplo, duas ou três vezes ao dia, ou seja, em intervalos de doze horas ou de oito horas. Tome dias consecutivos, no início. Escolha, uma semana, dez dias. Depois, dependendo do que você quer, estenda por mais uma semana, dez dias, um mês. Pode aumentar a dose e observar como se sente. O que é aumentar a dose? A quantidade de extrato ou de sementes. Ao diminuir, depois de um mês, não pare de repente. Comece dando espaço de um dia, depois dois, três, etc.

CHÁ. Lave as sementes, quebre-as para liberar o óleo. Costumo usar um alicate normal para segurar a semente e outro de corte para partir em vários pedaços. Vou separando num pires. Coloque a água para ferver. Qdo levantar fervura coloque as sementes e desligue com 90 segundos ou até dois minutos. Tampe e aguarde ficar morno ou frio para começar a tomar. Mais tempo de fervura é bobagem, pois o óleo já estará solto das sementes. Normalmente não uso coador, mas se quiser, coe. Uso uma concha pequena para ir colocando num copo, pois as sementes e resíduos ficam no fundo da panelinha.
INÍCIO do Tratamento: Você pode começar com duas sementes em meio litro de água. Uma semana ou menos, depois, pode aumentar. Você escolhe, ouça seu corpo. No início pode dar uma diarréia em um dia ou dois, no máximo. Não se assuste.
Sempre tome água, longe das refeições.
E então você pode daí alguns dias aumentar para 4 sementes em um litro de água. E se quiser pode chegar a seis sementes em um litro e meio de água.
Se quiser fazer com menos água, pode; acrescente mais na hora de servir. Exemplo: você prepara quatro sementes em meio litro de água e cada vez que coloca num copo, acrescenta mais água. A água é um veículo, muito necessário no tratamento.

EXTRATO: Depende do percentual do preparo. Para uma bebida, tipo vodka, cujo teor alcoólico é de 40%, pode usar 30 sementes (100 gr) para 500ml. Corte-as do mesmo jeito e coloque na garrafa. Guarde em armário ao abrigo da luz e calor, durante um mês. Agite todos os dias. Falam em quinze dias, mas acho que se deve aguardar pelo menos 20 dias, antes de começar a usar. Não precisa coar, se vai usar continuamente.
No INICIO do tratamento tome uma colher de café da beberagem dissolvida em meio copo ou mais de água, duas ou três vezes ao dia. Se quiser que parte do álcool evapore, coloque água quente e espere esfriar. Não altera a extração da sucupira. Depois de alguns dias passe a tomar uma colher de chá, da mesma forma.
Em VINHO: use um bom vinho, branco ou tinto sempre seco, ou demi-sec. Para cada 500ml de vinho, cujo teor alcoólico varia entre 11% e 14%, use também 30 sementes. Guarde do mesmo jeito, ao abrigo de luz e calor. Inicie tomando um colher de sobremesa dissolviuda em água e depois passe para uma colher de sopa.
Você pode começar tomando em qualquer das opções (chá, extrato) duas vezes por dia, depois passar para três. O importante é seguir a ordem crescente e ritmo.

Com BIOTONICO: siga as mesmas instruções para o preparo em Vinho.
Há a opção de aumentar o número de sementes (gramas) no preparo. É uma arte. Ouça seu organismo.

Em oito dias de uso, dissolvi um abcesso na gengiva. E nem tomei com esta intenção!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Curcuma


Você pode plantar cúrcuma em vasos comuns se não dispõe de espaço em quintal. É decorativa, embora tenha curta duração, enquanto folhagem.
Existe no mercado o pó dos tubérculos, de cor amarelo ouro, quase laranja. É componente do curry, muito usado pelos indianos. Colore tudo, inclusive talheres e sua mão!

Plantar é fácil e se a terra for bem fofinha e rica organicamente, com umidade suficiente, um pequeno tubérculo rende mais de dez vezes seu tamanho. Quando estiver bom pra colher a folhagem seca.

Existe já um produto chamado "turmeric liver tonic" , que como diz o nome é um tônico para o fígado. Na India, além do uso culinário é usado em unguentos dermatológicos, pastas de dente e sabonetes.

sábado, 18 de setembro de 2010

Orégano e Coco: tenha em casa


Já postei sobre os benefícios do oregano (origanum vulgare). Existe o óleo essencial e o óleo de orégano, à venda no mercado, principalmente o estrangeiro. O óleo de orégano, muitas vezes é a diluição de uma percentagem de óleo essencial de orégano em óleo vegetal.
Se você se interessou pelos benefícios do orégano e tem paciência pode preparar, em casa, um óleo de orégano por infusão solar. Você precisa contar com muitos dias de sol, um mês pelo menos.
Os óleos vegetais precisam ser extraídos a frio, pois aqueles que se usa, em geral na cozinha, o refinado, é só um óleo, já perdeu os poderes da planta através do refino.
Está se desenvolvendo, no Brasil, a extração a frio do óleo de coco. Tá caro, ainda, mas para esta receita é necessário o extra virgem.
Por que o óleo de coco? Pela sua capacidade de aguentar altas temperaturas e pelos benefícios em relação à pele e ao sistema imunológico. Uma infusão solar de ervas em óleo poderia ser feita com óleo de oliva extra virgem, óleo de gergelim e ou outro óleo vegetal prensado a frio. Mas, considerando a procura do óleo de orégano para resolver questões de pele, o óleo de coco extra virgem é perfeito.
Com 100 ml de óleo de coco prensado a frio e extra virgem e 10 gramas de folhas de orégano desidratadas, de boa procedência, você obterá um excelente óleo para uso externo (tópico).

Processo: Primeiro, repito, você precisa ser paciente e entrar neste trabalho com alegria. Se houver reclamações em relação ao tempo e atenção, não faça. Não é brincadeira: trabalhar com orégano requer alegria.
Escolha um frasco de vidro branco transparente, com tampa, que feche bem. Lave-o e de preferência seque em forno.
Quando estiver frio coloque 10 gramas de orégano orgânico, desidratado. Acrescente 100 ml de óleo de coco extra virgem. Tampe e agitem bem o frasco. Tenha certeza que está completamente fechado.

Coloque-o em local de sol direto, por pelo menos, duas horas ao dia. Vá lá e movimento o frasco.
Faça isso durante três semanas, um mês ou mais, se tiver dias nublados ou sem sol. No nordeste, três semanas no verão é o suficiente,mesmo com algum dia sem sol.
Mais que isso começa a deteriorar o orégano.
No final deste período, escolha um frasco de cor âmbar, limpo da mesma forma que o anterior, tenha um funil, uma peneirinha e um tecido de algodão fino para coar. Todo material precisa ser completamente limpo. Se você comprar o tecido de algodão, lave bem antes de usar.
Agora é so botar pra escorrer e espremer no final. Tá pronto seu óleo. Coloque uma etiqueta com nome e data. Guarde em local fresco e ao abrigo de luz. O ideal é na geladeira; dura meses.

USO EXTERNO: dilua 2 a 6 gotas em 10 ml de óleo vegetal prensado a frio e use sobre a pele. Pode ser o próprio óleo de coco, ou gergelim, maracujá, oliva, desde que prensado a frio. Este preparo deve ser guardado também em vidro pequeno, âmbar, e ser usado no prazo de três meses. Vá preparando aos poucos, conforme necessitar.
Para peles mais secas, pode usar oliva e amêndoas. As mais oleosas preferem maracujá, coco e gergelim.
O óleo ideal é o de jojoba, para todo tipo de pele.

Esta é uma combinação perfeita, pois receberá os benefícios de dois óleos muito bons. Pode ser usado, inclusive, quando há arranhões, pois é um poderoso antimicrobiano e cicatrizante.

Comece com a menor diluição, duas gotas e nas formulações seguintes você pode acescentar mais gotas, observando sua sensibilidade. Use, inclusive, como tratamento auxiliar se já faz algum para a pele. Proteja a área dos olhos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

É um "mato" muito comum!



MELÃO DE SÃO CAETANO - Momordica Charantia. (a foto do fruto, ao lado, veio do flicker). Tá por toda parte, onde existem terrenos baldios, áreas abandonadas (ou com mato crescendo à vontade).
Muita gente sabe que é bom pra curar sarna de cachorro. A primeira vez que usei, há muitos anos, foi pra isso. Aí já nasceu em mim um grande respeito pela planta.
Na época das chuvas ele se espalha, sobe em arbustos, cercas, muros. Depois some como por encanto.
Há alguns anos venho colhendo sementes no final das chuvas pra plantar e manter em vaso de tamanho médio num viveiro ou em local protegido do excesso de calor e de sol. Neste ano iniciei as extrações em tintura, alcolatura, óleo e glicerites.
O sumo das folhas acaba rapidamente com sarna e uma série de problemas de pele nos animais e nas pessoas.
Muita gente se lembra de ter comido o fruto e a polpa vermelha das sementes quando criança. Portanto, é inofensivo. Na verdade os frutos são comestíveis, crus em saladas ou levemente refogados.
Pra quê usar a planta?
Para tratar-se de vermes (folhas e frutos), de diabetes (chá e pó das folhas), fungos na pele e até para a agricultura, como fungicida (folhas).
É o povo que diz? Não só. Existem já trabalhos de pesquisas de universidades e da RAS.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Orégano: desde Paracelso...


Não se trata de descoberta recente; o conhecimento sobre o orégano é velho que só! Paracelso o recomendava para problemas de pele, inclusive psoríase!
O orégano, aquele mesmo que a gente bota em pizas, o origanum vulgare,, uma labiata da família das mentas, vem sendo re-estudado pela aromaterapia há muitos anos. No início deste milênio, um professor da Universidade de Georgetown, Harry G Preuss, conduziu uma pesquisa sobre o uso do orégano, com fantásticos resultados, mas não virou nenhum "boom" na mídia e muita gente que poderia se beneficiar intensamente com seu uso não sabe que orégano é muito, muito mais que especiaria
!
A principal substância responsável por isto é o carvacrol. Mas não age sozinho. A pesquisa do professor Preuss mostra bem isto. É o carvacrol com os outros componentes combinados do orégano. Desde matar os vermes intestinais, segue uma lista maravilhosa: é fungicida, bactericida, anti viral, destroi organismsos que provocam infecções na pele, ajuda nas gengivites... pode ser usado em gargarejos pra aliviar a garganta, descongestiona os sinus.
E a tal da candidíase? A "candida albicans". Tratamento interno e externo.
Enfim, é um antibiótico natural, reconhecido mais recentemente, em 2009 pelo Institute of Food Technologists.

Doses? baixíssimas. Se beber não use orégano que ele potencializa o álcool.
Mulheres grávidas, de jeito nenhum! Tô falando no uso concentrado, não no tempero da pizza.
Cuidado também com os olhos e as regiões mais sensíveis da pele.
O óleo essencial precisa ser diluído em baixíssima concentração (01 gota para 20ml de óleo), num bom óleo vegetal prensado a frio, tanto para uso tópico, como para ingestão Jamais pode ser usado puro, causa alta irritação na pele, ao invés de beneficiar. MAS, para ingestão, o melhor é o óleo de orégano obtido por  infusão solar, ou desidratado, em chá. Apenas lembre-se de que a grande quantidade não significa maior benefício.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pele, cuidados naturais: Óleos...


Andei pensando sobre cuidados com a pele. Com todo tipo de pele. Não me refiro às secas, oleosas, normais, de bebês, de mais idade... mas a todas que, em algum momento, por uma razão ou outra precisam de cuidados especiais. Por exemplo: o indesejado pano branco (piteriase versicolor), causado por fungos. Existem pesquisas sobre tratamentos fitoterapêuticos com indicações de plantas, como o "rabo de raposa" (Erigeron bonariensis) e o "milho de urubu" (Anthurium affine), potencializadas pelo óleo de girassol. Assim indica o Prof Marcelino, de João Pessoa-PB.

Mas, é preciso saber que nem nas sem problemas, quanto mais nas que estão sendo tratadas com substâncias vegetais, usa-se óleo mineral. De jeito nenhum, porque a pele fica bloqueada. Então pensei no óleo de Gergelim (sesamum indicum), que além de mais facilmente ser encontrado prensado a frio, é altamente benéfico para todo tipo de pele por conter sesamol, um filtro natural, fungicida, bactyericida e antiinflamatório. A Medicina Ayurvédica sabe disto há milênios!

Fiz a experiência de preparar alcolatura das duas separadas e também de Melão de São Caetano (Mamórdica Charantida) e depois usar na pele umedecida ou molhada. Paralelamente, aplicar o óleo de Copaíba, que na verdade é um bálsamo. germicida, antisséptico e suavizante da pele.

Atualmente estudo uma pomada... quem sabe?

Quem trata ferimentos, cicatrizes, coceiras, etc, lembre-se: o óleo mineral é mais barato e tem até quem ingira... mas não o use em sua amada pele, seu maior órgão, seu limite entre você e o mundo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cedros, todos eles!


Pra não ficar em branco, quero deixar um destaque para o cedro deodar, do Himalaya, na foto.
Os cedros, todos, auxiliam nos retiros espirituais, nas meditações e são protetores. De um modo especial, o Deodar.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Artesanal é Natural?


Depois destes anos produzindo aromatizadores para ambientes e bioprotetores, resolvi colocar o sabonete na praça também. Eram alguns de tempos em tempos, usados em casa ou presenteados a amigos, com exceção do shampoo para os animais, que é à base de Neem e que já anda por aí há três anos.
Sabe por quê adentrei o mundo dos sabonetes, sólidos, líquidos e cremosos? Pra continuar a trabalhar pelo equilíbrio e respeito ao Planeta. De vez em quando alguém me presenteia um sabonete "artesanal" cheio de parabenos e essências cheirosas sintéticas... ou um óleo trifásico, cheio de petróleo!
Artesanal é feito não industrialmente, mas nem sempre é Natural.

O IBD - Instituto Biodinâmico (veja link neste blog), com respeito internacional diz bem claro o que é Natural e o que é Proibido. Os produtos Naturais não podem usar essências sintéticas. Ah! O Óleo Essencial é bem mais caro, mas é um conservante natural.
A gente lê: sabonete glicerinado e de glicerina (tô falando da vegetal, bi destilada) só tem a base do sabonete. Ou então: sabonete de calêndula: bom pra isto e aquilo... Cadê a calêndula? Tá na essência? "Tá não!" Funciona? Claro que NÃO!

Mas se o sabonete contém glicerina (vegetal), extrato de plantas, óleos VEGETAIS e Óleos ESSENCIAIS, então funciona! E se tiver uma boa dosagem de óleos que são fungicidas, bactericidas, anti viróticos e repelentes, não precisa, de forma alguma conter conservantes prejudiciais para a pessoa que se ensaboa e para o Planeta.
Não se permite nenhum produto animal que exija o sacrifício deste. Lanolina pode? Eu não uso, mas pode, ela vem da lã, não se mata o bichinho pra extrair lã. A gente se veste com lã. Talvez a questão seja observar como as ovelhas são tosqueadas. É o caso do Mel e do leite de cabra tão usado ultimamente.

Quando você estiver viajando nas belezas das fotos de certas propagandas de cosméticos bem naturais, com óleos da Amazônia, da Floresta Tropical, não se esqueça de se inteirar sobre os ingredientes, normalmente em letra minúscula, pra ver se tem óleo mineral, acidulante, conservante, etc e etc...
E até um tal de parfum (perfume) que talvez seja uma forma escondida de falar em almiscar animal. Uma tremenda crueldade que, apesar de proibida, ainda se faz com alguns mamíferos e aves.
Existem plantas almiscareiras. Plantei Abelmoschus Moschatus (Ambrete)que só fui encontrar num site das Guianas, mas produz bem no Brasil. Tô colhendo os primeiros frutos. Ele parece um quiabo, menor um pouco. É a ilustração acima.
Pois é! O momento é de mudança de consciência. Vou escrever sobre isto no outro blog (Astroplim).
O bom é que um Sabonete Natural, além de ser eficaz em suas propriedades, cheira muito bem!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Óleo de Jojoba


Conhecida já pelos astecas, a Simmondsia Chinensis, ou Jojoba, nasce espontaneamente do sul dos Estados Unidos ao México. Suas sementes fornecem um óleo que não rancifica, rico em vitamina E, livre de glicerídeos e triglicerídeos, benéfico para todos os tipos de peles e cabelos. Embora antiquíssimo, foi redescoberto recentemente o que se tornou um alívio para a baleia Cachalote, pois apesar da proibição e crueldade, muitas baleias foram sacrificadas por causa de seu óleo com qualidades semelhantes ao da jojoba, que o supera.

Na cosmética é precioso por hidratar e manter a elasticidade da pele e prevenir rugas. Os astecas já o utilizavam como tônico capilar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Óleos Vegetais, uma preciosidade!

Existem propagandas de óleos para massagem com andiroba e outras espécies, mas quando nos inteiramos da composição tá lá a presença do óleo mineral. Estragou tudo!
Sei que há quem tome óleo mineral pra soltar o intestino, quem use para a higiene dos bebês... pois é, o óleo mineral, por mais inofensivo que seja, é um produto petrolífero.

Quando massageamos a pele com óleo vegetal (extraído a frio), a absorção é perfeita, nada de oleosidade e suas propriedades são integradas à corrente sanguínea. Já o óleo mineral bloqueia! Assim, se você estiver usando um óleo essencial pra usufruir de seus benefícios, jamais dissolva em óleo mineral, porque não haverá nenhum benefício.

Óleos vegetais são tão importantes para a saúde que existem tratamentos antiquíssimos, em diversas culturas. Um exemplo foi a divulgação do bochecho com óleo de girassol, usado na Rússia. É verdade. Um simples bochecho diário pode limpar todos os sistemas: circulatório, respiratório, digestivo e você se livra de dores, insônia, etc. Mas não precisa ser o óleo de girassol. Ele é muitíssimo bom, mas para o bochecho pode ser óleo de gergelim, de abacate, de oliva. Mas não use o refinado. Precisa ser um óleo extraído a frio.

Todo mundo já ouviu alguma vez uma citação bíblica explicando que não é mal o que entra na boca e sim o que sai dela. É isso! Sai muita porcaria quando se faz bochecho com óleo vegetal.
Andei pensando que o mal, como palavras não sai só pela boca, pois a palavra se propaga pelo pensamento também. Daí acho que esta é uma referência à limpesa que podemos fazer com bochecho de óleos.

A pesquisa do Dr. F. Karach, trouxe à público uma prática higiênica da Rússia e também da Medicina Ayurvédica, que usa o óleo de gergelim, embora não em bochechos. Pois bem, existe um livro de uma alemã, Katharina Wolfran que foi traduzido para o português e que o google livros permite a leitura de várias páginas: "O Uso Medicinal de Óleos Vegetais".

Adoro óleos! O de neem, é amargo e deixa um odor forte quando passado na pele. Nem todo mundo aprecia. O óleo das sementes de andiroba dá uma textura sedosa à pele, tão logo seja absorvido. O de copaíba puro fica um pouco peguento, pois é um bálsamo. Para massagem, fica muito bem dissolvido em óleo de abacate, girassol ou gergelim. É agradável. Um óleo especialíssimo, que tenho sempre à mão, é o de Jojoba. Não cria ranço, é benefíco para todo tipo de pele e cabelo.

Os óleos se combinam. Se você quiser experimentar a terapia do bochecho com óleo, pode acrescentar duas ou três gotas de óleo de neem puro (não use o emulsionado), não fica amargo e ajuda no processo. Lembre-se: o bochecho deve ser feito em jejum e sem neura de fazer vários bochechos ao dia. Um é o suficiente. A quantidade ideal é uma colher de sobremesa a uma de sopa rasa. Não encha muito a boca. Se não aguentar muitos minutos, cuspa logo. Não engula. Leia as dicas de Katharina. Ajuda muito!