Ginko Biloba, as falhas da pesquisa

Uma planta conhecida há milênios pelos benefícios à memória torna se desacreditada porque uma pesquisa declara que ela não funciona. Mas que pesquisa foi essa?
Quem quiser pode ler porque foi publicada pela revista JAMA The journal of American Medical Association, em 2008 com o título: Ginkgo biloba for Prevention of Dementia.
Supervisionada por Steven T. DeKosky, MD, teve apoio financeiro de vários grandes laboratórios. Mas não é por isso que ela é falha e nem pela coincidência de DeKosky ter deixado de ser um simples professor para tornar-se reitor tão logo publicou a pesquisa. Ela é tão limitada, que Hyla Cass, MD do American Botanical Council responde a JAMA e mostra outras pesquisas provando o contrário.

Mas, DeKosky não foi bobo. Ele deixou bem claro que Ginko Biloba não é efetivo para todas causas de demência em participantes acima de 75 anos de idade, que tomaram 120 mg duas vezes ao dia.

A pesquisa foi mascarada de grandiosa pois levou bons anos. Os inscritos deveriam ter acima de 75 anos de idade, com normal função cognitiva ou deficiência moderada. E o que é deficiência moderada? Os integrantes em todo o país eram visitados a cada seis meses... muitos morreram no percurso da pesquisa, claro.

O que me pasma é encontrar tanta gente dizendo: "ginko não funciona, foi provado em pesquisa."
Como dizemos em Pernambuco: "ora, me poupe!" Claro que os grandes laboratórios produtores de toneladas de remédios não gostariam de ver uma plantinha ao alcance de todos deixando os estoques de remédios apodrecendo.
Não quero dizer que se vá tomar de qualquer jeito, mas existem os profissionais que podem adequar o uso ao cliente.
Fiquei feliz de encontrar uma foto (a da direita) de uma árvore de Ginko Biloba que tive o prazer de conhecer pessoalmente e colher algumas de suas folhas, no Kew Gardens, em Londres.