Quando iniciou o tempo chuvoso no nordeste, fim de abril, vi, feliz, surgirem as primeiras plantinhas de Melão de São Caetano (momordica charantia). Que bom! Em breve poderia colher folhas para extratos, óleos, cremes... mas, depois de muita chuva, o que caracterizou o final de abril e princípio de maio nesta região, elas sumiram!
Com muito trato consegui que uma muda se desenvolvesse a lentos passos. Até agora, já findando o inverno, ainda não tive coragem de colher nenhuma folha dela. Recebi um bocado, que amigos colheram em Olinda, junto de uma construção abandonada, subindo pelos muros, longe do mar.
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| futo do melão de s. caetano |
Em junho e julho, fui a três locais no Recife, onde havia quantidades enormes, mas não muros; subiam em árvores e arbustos. Nada encontrei. Na redondeza de onde resido também vi uma ou outra plantinha, em cercas.
Na semana passada vi um muro lá no Cordeiro, perto da Exposição de animais, coberto de folhas pequenas e flores.
Passei a olhar para outras plantas. Há variações que não cabe, ainda descrever aqui, mas uma coisa é certa: o clima já mudou e as consequências já apareceram. Basta observar a quantidade de água que desceu em tantas chuvas, como a ventania que antes era de agosto e, neste ano, vem forte desde início de julho...
Dizem os experts em clima que a situação é irreversível, mas podemos parar como está para depois reverter. Pois bem, vamos agir. Isto significa fazer alguma coisa a nível individual. Chegamos a um ponto que não é mais o Estado ou a Nação, somos Nós, cada um, responsáveis pelo retorno do equilíbrio.
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