quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quando a "praticidade" atrapalha: ácido fítico.

Já ouvi não sei quantas vezes de pessoas que não se conhecem e vivem em locais diferentes, a mesma frase, que parece de muita esperteza: "ah! eu sou muito prática (o)". Daí a praticidade é ganhar tempo, como no caso de encontrar jeito de não botar grãos de molho e já ir logo cozinhando.

Passei a infância, adolescência e anos mais vendo minha mãe botar o feijão, grão de bico e outros grãos, de molho em bastante água, pra passar a noite. No dia seguinte a água era descartada, os grãos bem lavados, e daí sim, iam pra cozimento. Segui fazendo do mesmo jeito. Quando me contaram que não precisava isso tudo, bastava dar uma fervida nos grãos, aguardar um pouco e o cozimento seria rápido, comecei a ter problemas de digestão que não tivera em mais de 50 anos.


Algumas pessoas dizem que gostariam de mudar para um regime vegetariano, mas têm medo porque conhecem alguma história de alguém que passou um tempo assim e depois precisou, por motivos de saúde, voltar para a carne.
Então, aqui, a praticidade é uma ilusão. Os grãos precisam, por causa de vários processos químicos, onde um deles é a liberação de ácido fítico, ficar de molho, por boas horas. Dá trabalho? Depende de como se olha para o tratamento do corpo que é a sede da alma.

No caso do ácido fítico, a pessoa pensa que está se alimentando muito bem, mas perde nutrientes que saem do corpo agregados ao tal ácido. Depois de um tempo, não está bem e pensa que é decorrência do vegetarianismo.

Ontem à noite coloquei grãos de trigo inteiros de molho (acrescentei um pouco de sumo de limão). Cobri a tigela com uma peneira, mas hoje saí cedo, pela manhã e só voltei à tardinha. Descartei a água do molho, depois de 18 horas. Botei pra cozinhar e quando bem macio estava uma delícia. Parte foi consumida e outra foi para a geladeira. Talvez amanhã, que estarei mais horas em casa, use tudo, aproveitando pra experimentar uma receita de "humburguer" de vários grãos, mas poderia, ainda deixar uma parte para mais um dia.
Aqui em casa, atualmente os grãos estão sendo usados para muitas e grandes bocas, pois as cachorras estão passando por uma transição alimentar. Sempre comeram várias frutas, jirimum, batata doce, inhame, aveia, feijão, arroz, yogurte, queijos, ovos; adoram lentilhas e cuzcuz. Aliás, produtos de milho agradam muito o paladar canino; espero que em breve tenham se tornado vegetarianas.

Se você quiser aproveitar a água do molho de arroz e aveia, principalmente, pode passar na pele, pois o ácido fítico é ótimo no uso externo. Ajuda no clareamento da pele, é anti rugas, mas, nunca use em feridas abertas e herpes ativo. Deixe a água do molho decantar, jogue fora o excesso e aproveite a parte decantada.
leite da terra (lentilhas germinadas)

MAS, o ácido fítico na alimentação não é um vilão. Parece contraditório! Acabei de recomendar que se lavem bem os grãos depois de postos de molho. Mas, nem sempre você precisa fazer isso. Ao consumir chia, por exemplo. O ácido fítico é um antioxidante, e a ingestão dele, assim como leva embora minerais nutrientes, leva também aqueles metais pesados, super preigosos, como alumínio e cádmio. Também previne cardiopatias... Fazer o quê, então?

Tenha bom senso e deixe de molho, como explicamos no início, os grãos como feijões, grão de bico, trigo, cevada. Descarte essas águas. Coma alimentos verdes, folhosos, e frutas que contenham os minerais perdidos. OU, faça brotos, afinal quando a semente irrompe em broto, tudo se transforma! Os antinutrientes se perdem, aparecem ,por exemplo, as enzimas. Veja como a Natureza é sábia!

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